São João, O Precursor

João, o precursor, filho de Zacarias e Isabel, homem consagrado, aquele que, por influências paterna e materna, teve a vivência no templo. Segundo o relato Bíblico (Mateus 3,4), João usava vestes simples de pelo de camelo e cinto de couro em torno da cintura, alimentava-se de gafanhotos, de frutos comestíveis e de mel silvestre. Após a morte do seu pai, em 12 d.C., cuidou de sua mãe, quando, então, teria iniciado uma vida de pastor. Após a morte de sua mãe, em 22 d.C., doou seus bens e iniciou sua pregação aos gentios e aos judeus, anunciando a proximidade de um Messias que estabeleceria o “Reino dos céus”. João pregava com autoridade, ensinava sobre a virtude e a retidão. Ele foi enviado a promover a unidade. Os evangelistas relatam a pregação e o Batismo de Jesus no Rio Jordão. O exemplo que João nos deixou sobre o mais importante dos sacramentos da iniciação cristã foi o Batismo, em que o velho cede ao novo. João Batista foi um dos primeiros a reconhecer a divindade de Jesus. “Ele não apenas salta no ventre de sua mãe. Ele também instrui seus discípulos André e João para que sigam Jesus, chamando-o de Cordeiro de Deus”. (Jo 1, 29)

A tradicional fogueira de São João, geralmente, é acesa do dia 23 para o dia 24, como sinal da luz que João pregava. Além disso, Isabel teria feito uma fogueira para celebrar a gravidez de Maria.

A festa junina é uma tradicional festividade popular que acontece no mês de junho trazida ao Brasil por influência dos portugueses. Inicialmente, a festa possuía um significado estritamente religioso. Atualmente, junto com a parte religiosa, em que todos costumam se vestir de caipira, são realizadas danças típicas, como as quadrilhas. Também há produção de inúmeras comidas à base de amendoim, como canjica, pé de moleque, além das bebidas, como quentão e vinho quente.
Sou de origem de uma família cujos avós maternos moravam no bairro São João, zona rural daqui de Lambari/MG. Minha memória afetiva de criança me remete à espera do dia da Festa do Padroeiro São João Batista, em cuja véspera nem dormia, tamanha ansiedade para o grande dia, quando participávamos da santa missa e depois celebrávamos em família. Meu Pai tinha que arrematar o famoso ‘‘cartucho’’ no leilão. No momento, estou catequisando uma jovem que se converteu ao catolicismo nessa comunidade.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Luciane Fernandes
Pastoral Catequética, Ministério da Palavra e Ofício do Canto Litúrgico