Setenário das Dores de Maria

Em 2024, a meditação das Dores de Nossa Senhora, acontecerá na Paróquia Nossa Senhora da Saúde entre os dias 16 e 22 de março. O Setenário das Dores é dedicado a contemplarmos os sofrimentos de Maria e nos permite intensificar as nossas orações para nos preparar para a Semana Maior de nossa fé. Ao celebrar essa devoção a Nossa Senhora das Dores, temos a oportunidade de meditarmos, no silêncio do nosso coração, a via dolorosa vivida pela piedade filial que brota no coração de Maria. Uma semana para que o nosso coração se una ao coração de Maria que nos prepara para nos unirmos na Semana Santa ao coração e às dores de Jesus.


Conforme nos disse o Papa João Paulo II, em Maria encontramos uma Mãe que “cooperou com a obra da Redenção realizada por Jesus”, por isso, também a chamamos de corredentora do Mistério salvífico de Cristo. Dessa forma, viver as dores de Maria é recordar suas virtudes que nos permitem crescer humana e espiritualmente. 


Na primeira dor, meditamos a virtude de uma Mãe da Escuta ao ouvir “a profecia de Simeão sobre Jesus” (Lucas 2, 34-35); na segunda dor, meditamos a virtude de uma Mãe protetora ao viver “a fuga da Sagrada Família para o Egito” (Mateus 2, 13-21); na terceira, meditamos a virtude de uma Mãe da Compaixão com “o desaparecimento do Menino Jesus durante três dias” (Lucas 2, 41-51); na quarta, meditamos a virtude de uma Mãe consoladora ao realizar o “encontro com seu filho Jesus no caminho do Calvário” (Lucas 23, 27-31); na quinta dor, meditamos a virtude de uma Mãe da Permanência  “observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz” (João 19, 25-27); na sexta, meditamos a virtude de uma Mãe Acolhedora ao receber “o corpo do filho tirado da Cruz” (Mateus 27, 55-61); e, na sétima, meditamos a virtude de uma Mãe da Esperança ao “observar o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro” (Lucas 23, 55-56). 


Nas dores de Maria, meditamos, portanto, “uma fé que se põe a caminho, sempre animada por uma devoção simples e sincera, sempre em peregrinação à procura do Senhor” (Papa Francisco). Por isso que Maria também é a Mãe da divina graça, é nosso refúgio, é a Mãe do bom consolo, da justiça, sabedoria, paciência, fortaleza, ela é a “Mãe de misericórdia, vida doçura e esperança nossa”, ela é a Mãe à qual recorremos quando “suspiramos, gememos e choramos no vale de lágrimas”. Maria nos ensina que, mesmo na dor, devemos ter a consciência de que “tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Rm 8,28) e nos faz crer que, depois da noite escura da Crucificação, vem o amanhecer da Ressurreição. 


Que possamos, ao longo dessa Semana das Dores, fazer com que seja um momento favorável para unirmos aos sofrimentos da Virgem Santíssima, bem como através da contemplação dos padecimentos de Maria, possamos encontrar forças e graças para continuar firmes e perseverantes na caminhada de fé, mesmo diante de diversas dificuldades e calvários que encontramos na Santa Viagem que realizamos em nossa peregrinação terrena. Lembremo-nos, pois, daquilo que o Papa Francisco nos exorta, a saber: “De Nossa Senhora das Dores aprendemos que, se nos mantivermos na relação com Deus, a vida não nos poupa os sofrimentos, mas abre-se a um grande horizonte de bem e encaminha-se para a sua realização”. 


Que Deus nos ilumine e Maria, Mãe dolorosa, nos fortaleça em nossa caminhada de fé, amor e esperança.

 

 

 

Jefferson da Costa Moreira
Seminarista da Etapa Discipular
Seminário Diocesano Nossa Senhora das Dores