Hoje, em nossa sociedade, está em constante evidência o autismo.
O transtorno do espectro autista acomete o desenvolvimento neurológico, afetando as áreas de comunicação, as relações sociais, as ordens de pensamento e as habilidades sensoriais da pessoa diagnosticada com TEA.
Como esse espectro afeta principalmente as habilidades sociais e sensoriais, é muito difícil para um autista estar em um lugar com muito barulho, pois sua audição é muito sensível, causando, assim, irritação.
E até mesmo na relação com pessoas diferentes de seu círculo familiar ou escolar o autista pode se sentir desconfortável.
Mas isso não indica que a pessoa com TEA não possa estar em meios sociais diferentes e movimentados. A habilidade de interagir com outras pessoas e frequentar lugares diferentes pode ser estimulada e acrescentada a sua rotina, como ir à missa, por exemplo. Se, desde sempre, ele tiver contato com este ambiente, for um hábito rotineiro, mesmo com suas sensibilidades , o local se tornará um lugar que o autista gosta de frequentar, o que facilita o desenvolvimento social dele.
É importante também o acolhimento da sociedade; tanto acolher a família, quanto a pessoa autista, pois, quando a família se sente acolhida e sem olhares de juntamento, fica mais leve e prazeroso frequentar lugares sociais diferentes e acrescentá-los na rotina do autista.
Caso aconteça algum comportamento atípico, o que é natural, principalmente quando é um lugar novo apresentado, não se deve tentar intervir, nem muito menos criticar. Nosso dever é acolher, respeitar e sempre procurar saber mais sobre o assunto. Cada vez mais vivemos em uma sociedade inclusa e democrática.
E, neste âmbito, o dia 2 de abril vem nos conscientizar e promover a inclusão do TEA, propagando a informação de qualidade, para a sociedade acolher com respeito e conhecimento.
Rafaela Valeriano,
Professora de Educação Especial