Meio Ambiente: Natural Ou Artificial?

O que estamos fazendo com a casa comum!


O natural é tradução do belo. Quando contemplamos a naturalidade da vida, percebemos apenas que pertencemos e não possuímos. Pertencer é cuidar, amar e zelar. Não somos donos. Vivemos numa ditadura do possuir e acumular; quanto mais, mais seguro. Segurança de um amanhã? E amanhã será? E com isso vivemos uma vida artificial, “amando o cimento e destruindo o natural da vida”. Perdendo o movimento encantador e harmonioso de tudo.

A grande sinfonia da vida é cuidar da casa comum, olhar as belezas naturais e dizer: “Obrigado, Senhor, pela maravilha da criação”. O ser humano que cuida, mergulha na imensidão do grande mistério que é o mundo. Por que então descuidar do que é bom? Por que desmatar aquilo que nos traz paz? 

Infelizmente, quando nos falta amor, falta-nos cuidado. Cuidar é amar. Só quem olha pela dimensão do amor será capaz de ver as pequenas delicadezas de cada amanhecer. O raiar da criação no despertar de cada horizonte. E saber que só o movimento é capaz de gerar vida. E vida é frutificar, florescer e perpetuar.

Nossa casa comum só terá um amanhã para as próximas gerações se formos capazes de zelar. O zelo deve nos inqueitar, não de forma neurótica, e sim, consciente.

É preciso zelar ainda pelo que sobrou, não alimentar mais a cultura do descarte. O mundo grita, e não estamos escutando. Abramos nossos ouvidos e corações, escutemos seu apelo. Não maltratemos quem nos dá tudo. Na casa comum temos tudo, então cuidemos dela, amemo-la e zelemos por ela.

 

 

 

 

 

 

 

Pe. Douglas Hilário Vieira
 Assessor Diocesano da Pastoral da Ecologia