Ser santo não é privilégio de poucos, muito menos mérito de alguns. A santidade é vontade de Deus, que nos chama a viver próximos dele e longe de tudo o que nos separa nesta vida.
O Papa Francisco escreve na "Gaudete et Exsultate" ("Alegrai-vos e exultai") que devemos nos deixar estimular pelos sinais que o Senhor nos apresenta e, assim, amparados pelo testemunho de nossos irmãos, lançar-nos sem medo em busca da nossa própria santificação.
A santidade surge em todo lugar, a todo tempo, seja na solidão de um convento, seja no barulho das grandes cidades, no contexto da vida consagrada mas também no cotidiano das famílias onde se detêm agora nossos olhos, para falar da vida e do testemunho de Luís Martin e Zélia Guérin, pais da tão querida e popular Santa Teresinha do Menino Jesus.
Zélia era produtora de rendas e ele comerciante, ambos dedicados na atuação da vida familiar, na vocação à paternidade e, acima de tudo, no testemunho da fé. Contam que, desde a primeira vez em que eles se viram, ambos já sentiram no coração que seriam um do outro e viveriam para sempre juntos.
Após a morte de Santa Zélia, São Luís cuidou atenciosamente das filhas, acompanhou-as e formou-as tão bem na fé, que Teresinha e as irmãs, que decidiram também se tornar religiosas, perfumaram com odor de santidade a história dos claustros de onde obtiveram maior comunhão com Deus e busca pela ascese.
São Luís e Santa Zélia ensinam a todos que a santidade se constitui na constância, na paciência e na permanência da nossa vida. E que Deus nos colocou para amá-lo e servi-lo, em casa ou qualquer outro lugar.
Peçamos que seus exemplos e a intercessão de ambos nos façam dóceis na busca pela santidade em vista do céu que Jesus nos prometeu.
Pe. Wagner Emídio de Souza
Paróquia N. Sra. das Graças - Muriqui, RJ
Diocese de Itaguaí