Pentecostes: o Quinquagésimo dia

Como o próprio título sugere, a palavra Pentecostes vem do grego pentēkostē,  que faz referência ao 50° dia depois da Páscoa. Esse dia foi marcado, na época, pela descida do Espírito Santo sobre os apóstolos (At 2,1-4). Essa maravilha de Deus ocorreu com os discípulos do Senhor Jesus. Seus efeitos são atuais e ela também ocorre até hoje. Isto mesmo! Ela não é apenas um acontecimento histórico, mas vai além, pois ela tem o poder de ser atual sobre todos os homens e mulheres em todos os tempos: eis o "segredo" dos Santos.

Isso porque, antes de o Espírito Santo ser derramado sobre os apóstolos, Ele era dado somente aos profetas, sacerdotes e reis. Mas, depois da ressurreição de Jesus, para cumprir a promessa do Antigo testamento ( Joel 3, 1-5 por exemplo, pois são várias profecias), Deus envia essa promessa, e todos começam a receber desta graça maravilhosa. 

Esse dom do Espírito Santo nos é dado no sacramento do batismo o qual nos torna filhos de Deus. O batismo é a porta da vida no Espírito Santo. E esse Espírito não vem até nós para ficar em silêncio, mas para nos colocar em movimento, encher nossa vida com graças imensas e de Dons, mas não de coisas, pois o Espírito Santo nos enche do próprio Deus; Ele nos desperta para uma vida espiritual, uma vida de oração e intimidade com a Santíssima Trindade ! O próprio Deus vem a mim e me une melhor a Ele. A compreensão da vida espiritual, um amor para com Deus, para com a Igreja e com os irmãos, aumenta o afastamento da vida de pecado, procurando em tudo fazer a vontade de Deus. Essa é uma das " consequências" de se receber desta efusão do doce Espírito. Deus dá a nós esta graça e a sustenta com os 7 dons. Porém, o cristão deve pedir esta graça a Deus diariamente, pois ela vai acontecendo durante toda a nossa existência, de diversas formas , de maneira gradual, mas visível.

O livro dos Atos dos Apóstolos, na Sagrada Escritura, vai mostrar claramente a ação poderosa  do Espírito Santo na vida dos primeiros cristãos. O Espírito Santo nos enche de fervor.

 

No entanto, a alma que, por negligência própria, não buscar a união com Deus, mesmo recebendo os sacramentos, acaba por não entender nem viver a vontade de Deus.

Oremos, irmãos, pedindo, com a Igreja, que o Espírito Santo derrame sobre nós o seu fogo abrasador e realize em nós um novo pentecostes!

 

 Jeferson Felipe de Oliveira